Nossa missão é fazer discípulos que conheçam, compartilhem e multipliquem Cristo.
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Precisamos voltar a Essencia da Adoração
Oração no Monte dia 05/02
Pessoal, neste domingo uma galerinha vai subir ao monte para adorar a Deus. Se alguem se interessar vamos saír da porta da igreja as 7:00 da manhã. Normalmente a gente fica lá até as 10 para não atrapalhar os compromissos na igreja como ensaios e reuniões. Ajude a divulgar para o pessoal de suas equipes de louvor, G12 e etc.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
NOSSO ADVERSÁRIO
NOSSO ADVERSÁRIO
Eu não quero nestas linhas que passo a escrever, de maneira nenhuma deixar em evidência algum poder ou outro, de fazer alguma coisa ou outra que tem o adversário de nossas almas, (o diabo), nomeado assim em I Pedro 5.8. Não. De maneira nenhuma evidenciarei seus feitos maléficos no decorrer da história da humanidade. Se o fizesse, poderia eu talvez estar até dando uma certa “glória” para ele.
Mas, definitivamente, sim, gostaria de alertar a possíveis desavisados que ele, (o diabo) não está parado num cantinho olhando e esperando o dia da sua condenação, que já foi estabelecida com a vitória certeira e gloriosa do Filho de Deus na cruz. Quero aqui advertir com amor e carinho a tantos quanto puder.
Em I Pedro 5.8, já citado linhas acima o versículo completo diz assim: “Sede sóbrios e vigiai. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, rugindo como um leão, procurando a quem possa devorar”. Esse alguém a quem possa devorar é o desatento, o que não vigia, o que não fica firme. Tiago 4.7 diz: “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo e ele fugirá de vós”.
A palavra resistir foi tomada como exemplo, porque era designada aos sentinelas que eram incumbidos de vigiar o acampamento. Tinham a responsabilidade de ficar de pé e vigiar, e não de atacar o inimigo, se o fizessem provavelmente morreriam sem conseguir avisar suas tropas da chegada dos inimigos, estando atentos resistindo ao sono, ao cansaço, à escuridão da noite, o calor do dia, enfim; todas as adversidades atribuídas a alguém que precisa resistir.
Precisamos estar atentos, alertas e vigilantes porque os dias são maus e não nos esquecer que temos um inimigo atuante e que não vacila, nas oportunidades que tem de devorar alguém. É para ficarmos com medo? Não. Mas, sóbrios e vigilantes, porque se a Bíblia que é nossa regra de conduta e fé, nos adverte, é porque faz bem para nossa saúde espiritual.
Sendo assim, prestemos a devida atenção no que diz II Coríntios 2.10 e 11, uma dica muito importante que o Apóstolo Paulo, movido pelo Espírito Santo deixou para nós.
Com amor do Senhor e carinho do seu irmão em Cristo.
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Ministração Ana Paula Valadão - O Rio de Deus
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Noite de Natal de Max Lucado
É noite de Natal. A casa está silenciosa. Até o ruído da lareira se extinguiu. As brasas ainda acesas brilham no gabinete escuro. Meias vazias foram penduradas na toalha que cobre a lareira. A árvore se encontra num canto, também vazia. Cartões natalinos, enfeites e lembranças fazem com que a noite de Natal recorde o Dia de Natal.
É noite de Natal. Que dia foi aquele! Chá condimentado. Papai Noel. Comidas gostosas. "Obrigado, muito obrigado." "Você não precisava!" "Vovó está no telefone." Papel de presente aos montes. "Serve certinho." Flashes. Fotos.
É noite de Natal. As meninas estão na cama. Jenna sonha com seu Pássaro falante e agarra sua bolsa nova. Andréia dorme com seu pijama novo de Papai Noel.
É noite de Natal. A árvore que apenas ontem crescia de um solo feito de presentes, cresce agora em seu receptáculo natalino. Os presentes passaram a ser possessões. O papel de embrulho já foi atirado na lata de lixo. Os pratos foram lavados e os restos do peru aguardam os sanduíches da próxima semana.
É noite de Natal. Os últimos cantores apareceram no noticiário das dez horas. 0 último pedaço da torta de maçã
foi comido por meu cunhado. E o último dos álbuns de Natal foi guardado depois de ter tocado obedientemente suas canções anuais sobre castanhas, Natais brancos e renas de nariz vermelho.
É noite de Natal.
Meia-noite já bateu e eu deveria estar dormindo, mas estou acordado. Me mantenho desperto por causa de um pensamento surpreendente. O mundo estava diferente esta semana. Ele foi temporariamente transformado.
O pó mágico do Natal brilhou nas faces da humanidade muito brevemente, lembrando-nos do que vale a pena possuir e como deveríamos ser. Esquecemos nossa compulsão de vencer, seduzir e guerrear. Pusemos de lado nossas escadas de acesso social e nossos livros contábeis, penduramos nossos cronômetros e armas. Descemos de nossas montanhas russas e pistas de corridas e olhamos em direção da estrela de Belém.
É a época de alegrar-nos, porque mais do que em qualquer outra ocasião pensamos nele. Mais do que em qualquer outra ocasião, seu nome está em nossos lábios.
E o resultado? Durante algumas horas preciosas nossos anseios celestiais se mesclam e nos tornamos um coro. Um coro variado de estivadores, advogados, imigrantes ilegais, donas-de-casa, e milhares de outras pessoas peculiares que se perguntam se esse mistério de Belém é na realidade uma realidade. "Venham e olhem para ele" cantamos, despertando até o mais adormecido dos pastores e mostrando-lhe o Cristo-menino.
Por algumas horas preciosas ele é contemplado. Cristo, o Senhor. Os que passam o ano sem vê-lo, de repente o vêem. Pessoas acostumadas a usar o seu nome em vão, fazem uma pausa para louvá-lo. Olhos agora livres dos antolhos do "eu", se maravilham com a sua majestade.
Num momento ele está em toda parte.
No sorriso do soldado que dirige o carro cheio de presentes para o orfanato.
No olhar alegre do garçom de Taiwan ao contar de sua próxima viagem para ver os filhos.
Na emoção do pai que fica grato demais para poder terminar sua oração à mesa.
Ele está nas lágrimas da mãe quando ela dá as boas-vindas ao filho que chegou de longe.
Ele está no coração do homem que passou a manhã de Natal entregando aos necessitados sanduíches frios e votos calorosos de Natal.
E ele está no silêncio solene da multidão que faz uma pausa em suas compras para ouvir o coro de crianças da escola elementar cantando "Lá na Manjedoura".
Emanuel. Ele está conosco. Deus se aproximou.
É noite de Natal. Em poucas horas vai começar a limpeza — as luzes vão ser tiradas, as árvores jogadas fora. O tamanho 36 vai ser trocado por tamanho 40, os preços baixam pela metade. A vida em breve voltará ao normal. A generosidade de dezembro se transformará nos pagamentos de janeiro e a mágica começará a desbotar.
Mas no momento a magia ainda está no ar. Talvez seja por isso que ainda não consegui dormir. Quero saborear o espírito de Natal um pouco mais. Quero orar para que aqueles que o contemplaram hoje procurem por ele no próximo agosto. E não posso deixar de demorar-me num pensamento fantasioso: Se ele pode fazer tanto com orações tão tímidas oferecidas tão desajeitadamente em dezembro, quanto mais ele poderia fazer se pensássemos nele todos os dias?
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
12/12 Aniversário de Belo Horizonte
Ontem 12/12/2011, a capital mineira completou 114 anos. Será que aquele pé d'água que ontem despencou sobre a cidade na viração do dia foi coincidência? Acredito que não!
Dt.28:15 Será, porém, que, se não deres
ouvidos à voz do SENHOR, teu Deus, não cuidando em cumprir todos os seus
mandamentos e os seus estatutos que, hoje, te ordeno, então, virão todas estas
maldições sobre ti e te alcançarão:
Neste texto vemos o Senhor falando que se o seu povo não
o obedecesse vários castigos recairiam sobre eles. Estes castigos são para
chamar a atenção do povo que Deus tanto ama e atraí-los para perto d’Ele.
Lembremos que “o
Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. Hb. 12:06”
Acredito que aquela chuva que caiu sobre a cidade foi um
sinal de Deus chamando a cidade ao arrependimento de seus maus caminhos.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça...
sábado, 3 de dezembro de 2011
Lágimas de Crocodilo!
Eu, o Senhor, o Deus do seu antepassado Davi, escutei a sua oração e vi as suas lágrimas. Eu vou curá-lo, e daqui a três dias você irá até o Templo. (2 Reis 20:5).
Essa foi a resposta que o Senhor deu ao rei Ezequias, quando, na sua angústia diante da morte, derramou seu coração perante o Senhor. Deus viu as suas lágrimas e mudou de ideia. Concedeu mais 15 anos de vida ao rei.
A expressão popular “derramar lágrimas de crocodilo”, usada para dizer que alguém chora sem razão ou por fingimento, surgiu de um fato que acontece com os crocodilos. Quando o animal come uma presa, ele a engole sem mastigar. Para isso, abre a mandíbula de tal forma que ela comprime a glândula lacrimal, localizada na base da órbita, o que faz com que os répteis lacrimejem.
Muitas pessoas derramam lágrimas de crocodilo. Essas pessoas estão bem de saúde, têm do bom e do melhor, não lhes falta nada, se alimentam muito bem, fazem suas refeições em bons restaurantes. Mesmo com tudo isso, choram de barriga cheia e reclamam da vida.
É razoável as lágrimas fluírem quando as emoções são incontroláveis. Quando nada mais faz sentido. Quando se está em desespero, as lágrimas descem e costumam cegar os olhos. Inundados pelas lágrimas dolorosas da fadiga, os olhos não conseguem ver soluções ou saídas.
Entretanto, as lágrimas de um coração sincero nunca são ignoradas pelo Altíssimo. O Senhor está presente, não importa a intensidade das lágrimas. Deus vê e ouve mediante o pranto. Não faz sentido conter as lágrimas quando se chega perto dele. Não é preciso pedir desculpas por estar chorando.
O lugar certo de derramar os sentimentos é o altar do Senhor. Lágrimas de revolta. Lágrimas de abandono. Lágrimas de cansaço. Lágrimas. O consolar das lágrimas é especialidade do Senhor. Por causa do Seu poder e do Seu amor, Ele nos consola. Ainda hoje, quando lemos Isaías, o Senhor nos assegura: "Eu vi as suas lágrimas".
Você já chorou diante do Senhor? Não chore lágrimas de crocodilo, mas lágrimas do coração, lágrimas que, quando vistas por Deus, irão mudar a mente dele e, por tabela, o rumo da sua vida. Pode chorar, porque o choro não passa de uma noite. De manhã vem a alegria e você irá louvar a Deus, cuja bondade é para a vida toda.
Obrigado pela leitura!
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Elbem César
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quarta-feira, 30 de novembro de 2011
sábado, 26 de novembro de 2011
Kim Walker (PREGAÇÃO) A Lifestyle of Worship (Um Estilo de Vida de Adoração)
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
“MUSICA SACRA E ADORAÇÃO”
Introdução: Qual o objetivo
principal das reuniões das Igrejas? Por que vamos aos domingos ao Templo? O que
vamos fazer lá? Muitos, com muita simplicidade, responderiam espontaneamente:
“Ouvir o sermão do pregador.”
- Muitas vezes, nossa intenção nos cultos não é apresentar-nos a Deus, mas sim, esperarmos que Deus se apresente a nós através da oração, leitura bíblica, mensagem, músicas apresentadas e hinos que cantamos. É evidente que Deus se utiliza de todas essas formas para falar aos corações e nos levar a tomarmos atitudes. Mas Ele quer que nos apresentemos, para que, OFEREÇAMOS LOUVOR e não, simplesmente, para que RECEBAMOS ALGO.
- Com o passar dos anos, o materialismo, existencialismo e outras influências que recebemos da modernidade afastaram dos momentos de adoração a CONTEMPLAÇÃO. Esta era anteriormente praticada, com freqüência, no meio do povo judeu, no período bíblico.
1. Definição
De forma geral, os dicionários dizem que “cultuar” ou “adorar” significa “uma atribuição de honra e glória a quem ou ao que o adorador considera de valor supremo”. Como cristãos, diríamos que “é a veneração ou devoção expressa ao Deus Trino, em público ou pessoalmente.”
2. Formas De Culto
De forma geral, os dicionários dizem que “cultuar” ou “adorar” significa “uma atribuição de honra e glória a quem ou ao que o adorador considera de valor supremo”. Como cristãos, diríamos que “é a veneração ou devoção expressa ao Deus Trino, em público ou pessoalmente.”
2.1 - Perigos
O culto cristão tem sido ameaçado por dois perigos:
2.2 - Veículo
A forma do culto deve ser o veículo adequado para conduzir o adorador a um encontro real com Deus. O ideal é juntar a forma com a expressão interna do coração, coadunando isto ao máximo, com a verdade revelada na Bíblia, sobre a pessoa de Deus.
3. O significado da adoração
"Tu és o meu Senhor, outro bem, não posso senão a Ti somente". (Salmo 16:2) Adoração deve exprimir a riqueza que Deus representa para o adorador.
3.1 - Nossa visão de Deus afeta nossas atitudes de adoração
J. B. Phillips, no seu livro "Seu Deus é Pequeno Demais", (Ed. Mundo Cristão, SP), pg. 9 a 50, nos dá uma visão desta realidade, onde ele denuncia os conceitos inadequados que muitos têm sobre Deus, que impedem uma visão correta do Deus verdadeiro.
Exemplos:
· O policial Onipresente - transforma sua própria consciência em Deus.
· Tal pai, Tal Deus - uma transferência da imagem paterna.
· O idoso antiquado - Deus como um velho "Papai Noel".
· O manso e suave - Deus, bonzinho e que não repreende.
· O Deus dos 100% - quer de nós perfeição absoluta.
· O Deus do escapismo - busca a Deus somente na hora dos problemas.
· O Deus capturado - Igrejas que "capturam" Deus para suas 4 paredes, achando que são objetos exclusivos do Seu amor.
· O Deus Diretor-Presidente - aquele que é grande demais para se importar com...
· O Deus "de segunda-mão" - conhecemos a Ele pelo que os outros nos dizem.
· O Deus "da desilusão" - o culpado por uma oração não respondida, da tragédia imerecida, Deus que é "desmancha-prazeres".
· O Deus "Negativo" - pessoas que têm um "masoquismo espiritual", achando que Deus não lhe permitirá serem expansivos, alegres e bem sucedidos.
· Imagem Projetada - enxergam a Deus através da imagem que têm de si próprios.
· O Deus "da barganha" - só obedecem a Ele em troca de benefícios.
Quando temos uma visão deturpada sobre Deus, nossa adoração será distorcida. Precisamos conhecer Sua natureza e caráter, para adorá-lo de maneira mais significativa.
· 1ª Semana: Deus Pai, Tu és AMOR.
És ETERNO e SINGULAR.
Tu estás PRESENTE.
És IMACULADO, GLORIOSO e GRANDIOSO.
· 2ª Semana: Deus Pai, Tu és SANTO.
És EXCELSO e FORTE.
És DIGNO DE CONFIANÇA.
Possues SUFICIÊNCIA.
És INCOMENSURÁVEL e SÁBIO.
· 3ª Semana: Deus, Tu és MAJESTOSO.
És CRIADOR, POTENTE e CONSTANTE.
Tu estás AO NOSSO ALCANCE.
És GENEROSO e CAPAZ!
· 4ª Semana: Deus Pai, Tu és JUSTO.
És INVENCÍVEL, BELO e BONDOSO.
Tu RESPONDES quando clamamos.
És IMUTÁVEL e PERDOADOR.
· 5ª Semana: Deus Pai, Tu és FIEL e RETO.
És RADIOSO e PODEROSO.
És SAÚDE, SEGURANÇA e PAZ.
· 6ª Semana: Deus Pai, Tu és MISERICORDIOSO.
És ALEGRIA, és INFINITO e ESTÁVEL.
És MARAVILHOSO, ACESSÍVEL e SOBERANO.
· 7ª Semana: Deus Pai, Tu és VERDADEIRO e PACIENTE.
És CONHECEDOR de todas as cousas.
És COMPLETO, VITORIOSO e BOM.
Tu és CHEIO DE GRAÇA.
3.2 - Adoração é Meditação e Celebração.
A meditação nos prepara para gozarmos da comunhão com Deus. É o tempo que usamos a imaginação para trazer à mente tudo o que Deus já fez e fará por nós.
3.3 - Adorar é render-se (do grego: "proskuneo").
Reconhecer a nossa inferioridade e a superioridade de Deus, colocando-nos à Sua inteira disposição. A idéia básica é a de submissão. O gesto de curvar-se diante de uma pessoa e ir até o ponto de beijar os seus pés.
3.4 - Adorar é servir (do grego "latreia")
Este termo é usado por Paulo em Romanos 12:1, para descrever o corpo entregue a Deus como sacrifício vivo, santo e agradável. Ofertar a Ele toda a nossa potencialidade, capacidade, inteligência, energia, experiência e dedicação. Servir, como reconhecimento da transformação que Ele operou em minha vida. Ele merece o melhor do meu serviço, como forma de gratidão.
3.5 - Adorar é reverenciar (gr. "sebein") a Deus, com temor (gr. "phobos")
O verdadeiro adorador, tem uma reverente preocupação de fazer o que agrada a Deus, e fugir do que agrada ao diabo. João relata : "Sabemos que Deus não atende a pecadores, mas pelo contrário se alguém teme a Deus (gr. "theosebes", que tem a mesma raiz de "sebein") e pratica sua vontade, a este atende" (João 9:31).
3.6 - Adorar é realizar serviço sacerdotal (do grego: "leitourgeo").
· O serviço dos sacerdotes no templo foi superado com o sacrifício de Cristo, o Sumo-Sacerdote, na cruz (Hebreus 7:26-28).
4. Os Requisitos da Adoração
4.1 - Amor de todo o coração
Uma adoração que se realiza sem objetivo de expressar o nosso amor a Deus (Romanos 11:36) falha completamente. Deixa de ser culto a Deus, pois carece da essência, que é o amor. Seu mandamento requer de nós que O amemos de todo coração e alma (Mt. 22:37). A adoração da igreja cumprirá seu objetivo se o louvor, a oração, a mensagem e a música atraírem o coração para a beleza de Deus, revelada na criação, na redenção e na regeneração, através de Cristo.
4.2 - Amor Integral de Mente
(do grego "dianoia"- significa a capacidade de pensar e refletir.) A adoração deve ocupar a mente de maneira a envolver a meditação e consciência do homem. Amar a Deus com entendimento (Marcos 12:30). Caso contrário, a adoração torna-se uma mera satisfação de ter se apresentado diante de Deus (como o empregado que bate seu cartão no relógio de ponto da fábrica). Apresentou-se no culto e está livre por mais uns dias. Fez seu ato sacrificial, saboreou o alívio da missão cumprida e agora está pronto para receber a proteção divina. Precisamos que o Espírito derrame Seu amor em nosso íntimo (Romanos 8:14; 5:5) e nos conceda o "Espírito de Sabedoria e de Revelação no pleno conhecimento dEle"(Ef 1:17-18), para adorá-Lo com consciência total (Jo 4:23-24).
4.3 - Todo nosso esforço
Em Marcos 12:30, o mandamento requer toda a força do adorador. O termo "força" ("ischuos") implica no corpo físico desenvolver sua capacidade, talento e força de ação. Significa "gastar suas energias físicas em atos de amor a Deus".
4.4 - O passo da busca
A adoração requer que procuremos a Deus voluntariamente, sintamos a necessidade de estar perto dEle. Nossa alma deve sentir a necessidade de comunhão com Deus, assim como nosso físico manifesta o apetite por alimentos (Salmos 42:1; 53:1; 84:2). Quando nos falta este desejo de estar com Deus, a adoração que prestamos não passa de uma "fachada espiritual", de uma religiosidade externa.
4.5 - Auto-avaliação e arrependimento
Adoração sem arrependimento não agrada ao Senhor. Ele Se agrada do culto que Lhe é prestado por um espírito quebrantado e um coração contrito (Salmos 51:16-17). Arrependimento não é apenas sentir pesar por termos errado. Trata-se de uma mudança de atitude ("metanoia"- transformação de mente). O Espírito de Deus nos ajuda a descobrir os pecados mais secretos, para depois confessá-los e sermos perdoados (I João 1:9), pois abriremos caminhos para a adoração.
4.6 - Fé
"Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que recompensa os que O buscam"(Hebreus 11:6). A palavra "aproximar-se" no texto é um termo técnico para adoração, isto é, "aproximar-se a Deus em adoração, com certeza de que Ele existe e não falhará comigo", conforme Hebreus 11:1. Adorar com fé é fazê-lo confiando em suas promessas. Quando adoramos a Deus com fé, agradamos ao Seu coração. Esta alegria não é estática, aumenta à medida que O adoramos. Quando prestamos culto a Deus devemos perguntar: – "Deus está satisfeito com o culto a Ele oferecido?"
5. Os Efeitos da Adoração
5.1 - Segurança
A adoração fortalece a confiança íntima (Filipenses 4:6-7). É uma "terapia" que levanta nossos olhos para o horizonte e nos faz andar confiantes e esperançosos (Salmos 37:5; Provérbios 3:5-6).
5.2 - Comunhão
A adoração nos aproxima de Deus e das pessoas (I João 1:3). Faz desaparecer as barreiras entre os irmãos (Atos 2:4).
5.3 - Visão Transformada
Quando vivemos na presença de Deus, temos nossa visão do mundo mudada. O resultado da íntima comunhão com Deus, cria em nós o desejo de colocar a honra de Deus acima da própria segurança física.
5.4 - Evangelização
Um culto digno do Senhor, faz crescer em nós o desejo de testemunhar de Jesus Cristo e anunciar as boas novas. Jesus convidou os discípulos a seguirem-nO (Mateus 4:19; Marcos 1:17; Lucas 5:10), mas os enviou sem obrigá-los a ir (Atos 1:8). A comunhão com Ele e o Seu poder motivou toda a realização da tarefa missionária.
6. Obstáculos à Adoração
6.1 - Atitude Incoerente
Um espírito ferido, amargurado, de incredulidade, ou ressentimento, ou vingança, cobrança pela dívida moral do passado de outro, impedem uma adoração real. É necessário retirar do íntimo todo e qualquer espírito faccioso se pretendermos nos aproximar de Deus (Mateus 5:23-24).
6.2 - Falso Ritualismo e Tradicionalismo
Toda prática que faz parte da liturgia das igrejas teve sua origem em boas intenções. Entretanto, o bom desejo por um culto ordeiro, muitas vezes acarreta na implantação de atividades que, com o tempo, vão sendo exercidas mecanicamente. Tornam-se uma porta aberta para um falso ritualismo, um mero exercer automático de atividades religiosas, bem como uma crescente convivência com a hipocrisia. Devemos lembrar que Deus examina nossas intenções mais íntimas, muito antes de começar a adorá-lO. Portanto, se há hipocrisia, o Senhor exige arrependimento e a volta à Sua Palavra, não aceitando o continuismo de rituais e tradições desprovidos da verdade.
6.3 - A Rotina
Assim como em nossa vida surgem hábitos que regulam o nosso dia-a-dia, com muita facilidade a rotina pode caracterizar os cultos. Estes tornam-se monótonos, com repetições cansativas, sendo um obstáculo à adoração.
6.4 - Amor às coisas do mundo
As vaidades humanas, os prazeres, pessoas, lugares, desejos e pensamentos que consciente ou inconscientemente tomam o primeiro lugar de Deus, nos impedem de adorar ao Senhor em espírito e em verdade. "Se você se encontra amando qualquer prazer mais do que as orações ou a Bíblia, qualquer casa mais do que a de Deus, qualquer pessoa mais do que Cristo, você está correndo o perigo do mundanismo" (citação de Guthrie, registrada em "Adoração Bíblica", p.131, Ed. Vida Nova, Dr. Russell Shedd).
6.5 - Pecado não confessado
Somente após a confissão do pecado, tendo a confiança no sangue purificador de Cristo, teremos livre acesso ao Trono da Graça (Hebreus 4:16). No Velho Testamento, antes do sacerdote oferecer sacrifícios a Deus pelo pecado dos outros, ele era obrigado a purificar-se por seus pecados (Êxodo 30:17-20).
6.6 - O Desinteresse e a Ingratidão
A época em que vivemos, notabiliza-se pelos grandes empreendimentos e mudanças rápidas. Os meios de comunicação (rádio, TV e jornais), aprimoram-se para cativar cada vez mais as nossas mentes. Muitos cristãos com isto, mostram desinteresse pelos valores eternos, ocupando seu tempo e mentes com seus interesses e preocupações, deixando pouco espaço para os elementos da adoração: louvor, comunhão, oração e gratidão.
6.7 - A Preguiça e a Negligência
Os motivos que geram a preguiça são comuns: sono, o contágio por outros preguiçosos, e um ambiente onde o culto não é valorizado. A pessoa desmotivada, deixa alguma coisa ocupar o lugar de prioridade, que antes pertencia ao Espírito. Ocorre a diminuição da "fome" pela comunhão com o Senhor. Como conseqüência natural, vemos um aumento da negligência às coisas de Deus. O irmão André (Missão Portas Abertas) disse que é mais fácil "esfriar" um fanático do que "esquentar" um cadáver.
Sérgio e Magali Leoto
Fonte: www.musicaeadoracao.com.br
Esse tipo de resposta acontece comumente, pela falta de informação
bíblica sobre o propósito de Deus para o homem: Ser criado para o louvor da Sua
glória (Efésios 1:6). Devemos apresentar a Deus um culto racional (Romanos
12:1).
- Muitas vezes, nossa intenção nos cultos não é apresentar-nos a Deus, mas sim, esperarmos que Deus se apresente a nós através da oração, leitura bíblica, mensagem, músicas apresentadas e hinos que cantamos. É evidente que Deus se utiliza de todas essas formas para falar aos corações e nos levar a tomarmos atitudes. Mas Ele quer que nos apresentemos, para que, OFEREÇAMOS LOUVOR e não, simplesmente, para que RECEBAMOS ALGO.
- Com o passar dos anos, o materialismo, existencialismo e outras influências que recebemos da modernidade afastaram dos momentos de adoração a CONTEMPLAÇÃO. Esta era anteriormente praticada, com freqüência, no meio do povo judeu, no período bíblico.
É tempo de resgatar a verdadeira adoração. Deus espera de nós uma maior
intimidade com Ele, através do louvor.
1. Definição
De forma geral, os dicionários dizem que “cultuar” ou “adorar” significa “uma atribuição de honra e glória a quem ou ao que o adorador considera de valor supremo”. Como cristãos, diríamos que “é a veneração ou devoção expressa ao Deus Trino, em público ou pessoalmente.”
2. Formas De Culto
De forma geral, os dicionários dizem que “cultuar” ou “adorar” significa “uma atribuição de honra e glória a quem ou ao que o adorador considera de valor supremo”. Como cristãos, diríamos que “é a veneração ou devoção expressa ao Deus Trino, em público ou pessoalmente.”
a) O culto carismático - com manifestações
emocionais, sonoras, visíveis, mostrando atitude dos adoradores em relação a
Deus. É a livre participação dos que cultuam, através de gestos, movimentos
corporais. gritos de aleluia e cânticos espirituais. Ex.: Este tipo é,
principalmente, identificado em igrejas carismáticas pentecostais.
b) O culto didático e pedagógico - exercício pela
pregação, ensino e exortação. Ex.: Muitas vezes é praticado por batistas e
presbiterianos.
c) O culto eucarístico - valoriza o culto
por meio da Ceia do Senhor. A Eucaristia representa o cerne da aproximação
entre Deus e o cultuante. Ex.: Igrejas luteranas, anglicanas e católicas,
principalmente.
d) O culto kerigmático - (vocábulo grego “kerigma”
quer dizer: proclamação). Focaliza a atenção sobre a evangelização dos não
convertidos. As diversas partes do culto são direcionadas aos perdidos, para se
entregarem a Jesus.
e) O culto diakonal - Deus é visto no
irmão necessitado. As boas obras, a caridade, os atos de compaixão em favor dos
que sofrem, passam a ser expressão de culto ao Senhor.
f) O culto koinoniático (do grego
“koinonia”, que quer dizer: comunhão). O culto concentra-se na comunhão uns com
os outros.
2.1 - Perigos
O culto cristão tem sido ameaçado por dois perigos:
a) o formalismo - que sacramenta o
modo de adorar a Deus, anulando um contato vital com Deus.
Ex.: Igreja de Éfeso - Perdeu o primeiro amor, caiu no formalismo.
Ex.: Igreja de Éfeso - Perdeu o primeiro amor, caiu no formalismo.
b) uma espontaneidade excessiva - que encoraja a
liberdade, desprezando qualquer forma, criando confusão e desordem.
Ex.: Igreja de Corinto - Amando a liberdade, perdeu a santificação
Ex.: Igreja de Corinto - Amando a liberdade, perdeu a santificação
2.2 - Veículo
A forma do culto deve ser o veículo adequado para conduzir o adorador a um encontro real com Deus. O ideal é juntar a forma com a expressão interna do coração, coadunando isto ao máximo, com a verdade revelada na Bíblia, sobre a pessoa de Deus.
3. O significado da adoração
"Tu és o meu Senhor, outro bem, não posso senão a Ti somente". (Salmo 16:2) Adoração deve exprimir a riqueza que Deus representa para o adorador.
3.1 - Nossa visão de Deus afeta nossas atitudes de adoração
J. B. Phillips, no seu livro "Seu Deus é Pequeno Demais", (Ed. Mundo Cristão, SP), pg. 9 a 50, nos dá uma visão desta realidade, onde ele denuncia os conceitos inadequados que muitos têm sobre Deus, que impedem uma visão correta do Deus verdadeiro.
Exemplos:
· O policial Onipresente - transforma sua própria consciência em Deus.
· Tal pai, Tal Deus - uma transferência da imagem paterna.
· O idoso antiquado - Deus como um velho "Papai Noel".
· O manso e suave - Deus, bonzinho e que não repreende.
· O Deus dos 100% - quer de nós perfeição absoluta.
· O Deus do escapismo - busca a Deus somente na hora dos problemas.
· O Deus capturado - Igrejas que "capturam" Deus para suas 4 paredes, achando que são objetos exclusivos do Seu amor.
· O Deus Diretor-Presidente - aquele que é grande demais para se importar com...
· O Deus "de segunda-mão" - conhecemos a Ele pelo que os outros nos dizem.
· O Deus "da desilusão" - o culpado por uma oração não respondida, da tragédia imerecida, Deus que é "desmancha-prazeres".
· O Deus "Negativo" - pessoas que têm um "masoquismo espiritual", achando que Deus não lhe permitirá serem expansivos, alegres e bem sucedidos.
· Imagem Projetada - enxergam a Deus através da imagem que têm de si próprios.
· O Deus "da barganha" - só obedecem a Ele em troca de benefícios.
Quando temos uma visão deturpada sobre Deus, nossa adoração será distorcida. Precisamos conhecer Sua natureza e caráter, para adorá-lo de maneira mais significativa.
DICK EASTMAN, no seu livro "Digno de Louvor" (Ed. Betânia),
apresenta-nos alguns atributos de Deus, com sugestões práticas para um louvor
semanal, onde a cada dia é ressaltado um atributo divino. Exemplo:
· 1ª Semana: Deus Pai, Tu és AMOR.
És ETERNO e SINGULAR.
Tu estás PRESENTE.
És IMACULADO, GLORIOSO e GRANDIOSO.
· 2ª Semana: Deus Pai, Tu és SANTO.
És EXCELSO e FORTE.
És DIGNO DE CONFIANÇA.
Possues SUFICIÊNCIA.
És INCOMENSURÁVEL e SÁBIO.
· 3ª Semana: Deus, Tu és MAJESTOSO.
És CRIADOR, POTENTE e CONSTANTE.
Tu estás AO NOSSO ALCANCE.
És GENEROSO e CAPAZ!
· 4ª Semana: Deus Pai, Tu és JUSTO.
És INVENCÍVEL, BELO e BONDOSO.
Tu RESPONDES quando clamamos.
És IMUTÁVEL e PERDOADOR.
· 5ª Semana: Deus Pai, Tu és FIEL e RETO.
És RADIOSO e PODEROSO.
És SAÚDE, SEGURANÇA e PAZ.
· 6ª Semana: Deus Pai, Tu és MISERICORDIOSO.
És ALEGRIA, és INFINITO e ESTÁVEL.
És MARAVILHOSO, ACESSÍVEL e SOBERANO.
· 7ª Semana: Deus Pai, Tu és VERDADEIRO e PACIENTE.
És CONHECEDOR de todas as cousas.
És COMPLETO, VITORIOSO e BOM.
Tu és CHEIO DE GRAÇA.
3.2 - Adoração é Meditação e Celebração.
A meditação nos prepara para gozarmos da comunhão com Deus. É o tempo que usamos a imaginação para trazer à mente tudo o que Deus já fez e fará por nós.
A meditação produz a expectativa que alimenta a esperança do adorador,
que resulta num culto alegre e de celebração. Conseqüentemente, nossos cultos
na igreja devem ser elaborados visando também expectativas dos ouvintes:
participação e entusiasmo.
3.3 - Adorar é render-se (do grego: "proskuneo").
Reconhecer a nossa inferioridade e a superioridade de Deus, colocando-nos à Sua inteira disposição. A idéia básica é a de submissão. O gesto de curvar-se diante de uma pessoa e ir até o ponto de beijar os seus pés.
Ex.: a intenção de Satanás na tentação de Jesus (Mateus 4:9, Lucas
4:7-8). Jesus responde: "Ao Senhor Teu Deus adorarás (proskunesis) e só a
Ele darás culto (Mateus 4:10).
3.4 - Adorar é servir (do grego "latreia")
Este termo é usado por Paulo em Romanos 12:1, para descrever o corpo entregue a Deus como sacrifício vivo, santo e agradável. Ofertar a Ele toda a nossa potencialidade, capacidade, inteligência, energia, experiência e dedicação. Servir, como reconhecimento da transformação que Ele operou em minha vida. Ele merece o melhor do meu serviço, como forma de gratidão.
3.5 - Adorar é reverenciar (gr. "sebein") a Deus, com temor (gr. "phobos")
O verdadeiro adorador, tem uma reverente preocupação de fazer o que agrada a Deus, e fugir do que agrada ao diabo. João relata : "Sabemos que Deus não atende a pecadores, mas pelo contrário se alguém teme a Deus (gr. "theosebes", que tem a mesma raiz de "sebein") e pratica sua vontade, a este atende" (João 9:31).
Temos de reconhecer não apenas a Sua bondade, como também Sua severidade
(Romanos 11:2 - considerai a bondade e a severidade de Deus). Reconhecer Sua
justiça (Hebreus 10:31) - terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo). A
santidade de Deus nos estimula a obedecê-lo (I Pedro 1:16 - sede santos, porque
Eu Sou santo).
3.6 - Adorar é realizar serviço sacerdotal (do grego: "leitourgeo").
· O serviço dos sacerdotes no templo foi superado com o sacrifício de Cristo, o Sumo-Sacerdote, na cruz (Hebreus 7:26-28).
·
Paulo oferecia seu serviço pastoral às igrejas, como uma oferta aceitável
a Deus (Romanos 15:16).
·
A obtenção de fundos para os carentes da igreja de Jerusalém chama-se
"leitourgia" (2 Co 9:12) .
·
Os cristãos, quando servem aos irmãos, motivados pelo amor a Deus,
exercem a "leitourgia" (Atos 13:2).
Quem serve a Deus serve a igreja e vice-versa.
4. Os Requisitos da Adoração
4.1 - Amor de todo o coração
Uma adoração que se realiza sem objetivo de expressar o nosso amor a Deus (Romanos 11:36) falha completamente. Deixa de ser culto a Deus, pois carece da essência, que é o amor. Seu mandamento requer de nós que O amemos de todo coração e alma (Mt. 22:37). A adoração da igreja cumprirá seu objetivo se o louvor, a oração, a mensagem e a música atraírem o coração para a beleza de Deus, revelada na criação, na redenção e na regeneração, através de Cristo.
Quando adoramos, só devemos ficar satisfeitos se expressarmos amor ou se
nosso culto revelar toda a preciosidade do Senhor.
4.2 - Amor Integral de Mente
(do grego "dianoia"- significa a capacidade de pensar e refletir.) A adoração deve ocupar a mente de maneira a envolver a meditação e consciência do homem. Amar a Deus com entendimento (Marcos 12:30). Caso contrário, a adoração torna-se uma mera satisfação de ter se apresentado diante de Deus (como o empregado que bate seu cartão no relógio de ponto da fábrica). Apresentou-se no culto e está livre por mais uns dias. Fez seu ato sacrificial, saboreou o alívio da missão cumprida e agora está pronto para receber a proteção divina. Precisamos que o Espírito derrame Seu amor em nosso íntimo (Romanos 8:14; 5:5) e nos conceda o "Espírito de Sabedoria e de Revelação no pleno conhecimento dEle"(Ef 1:17-18), para adorá-Lo com consciência total (Jo 4:23-24).
4.3 - Todo nosso esforço
Em Marcos 12:30, o mandamento requer toda a força do adorador. O termo "força" ("ischuos") implica no corpo físico desenvolver sua capacidade, talento e força de ação. Significa "gastar suas energias físicas em atos de amor a Deus".
JOHN COMENIUS, no passado, escreveu: – "Porque aquele que ama a
Deus com todo o seu coração, não necessita de prescrições para saber quando,
onde e quanto deve serví-Lo, adorá-Lo e cultuá-Lo. Porque a união sincera com
Deus, juntamente com a prontidão de obedecê-Lo, conduz a louvá-Lo através do
seu ser e a glorificá-Lo por meio de todos os seus atos."
4.4 - O passo da busca
A adoração requer que procuremos a Deus voluntariamente, sintamos a necessidade de estar perto dEle. Nossa alma deve sentir a necessidade de comunhão com Deus, assim como nosso físico manifesta o apetite por alimentos (Salmos 42:1; 53:1; 84:2). Quando nos falta este desejo de estar com Deus, a adoração que prestamos não passa de uma "fachada espiritual", de uma religiosidade externa.
4.5 - Auto-avaliação e arrependimento
Adoração sem arrependimento não agrada ao Senhor. Ele Se agrada do culto que Lhe é prestado por um espírito quebrantado e um coração contrito (Salmos 51:16-17). Arrependimento não é apenas sentir pesar por termos errado. Trata-se de uma mudança de atitude ("metanoia"- transformação de mente). O Espírito de Deus nos ajuda a descobrir os pecados mais secretos, para depois confessá-los e sermos perdoados (I João 1:9), pois abriremos caminhos para a adoração.
4.6 - Fé
"Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que recompensa os que O buscam"(Hebreus 11:6). A palavra "aproximar-se" no texto é um termo técnico para adoração, isto é, "aproximar-se a Deus em adoração, com certeza de que Ele existe e não falhará comigo", conforme Hebreus 11:1. Adorar com fé é fazê-lo confiando em suas promessas. Quando adoramos a Deus com fé, agradamos ao Seu coração. Esta alegria não é estática, aumenta à medida que O adoramos. Quando prestamos culto a Deus devemos perguntar: – "Deus está satisfeito com o culto a Ele oferecido?"
5. Os Efeitos da Adoração
5.1 - Segurança
A adoração fortalece a confiança íntima (Filipenses 4:6-7). É uma "terapia" que levanta nossos olhos para o horizonte e nos faz andar confiantes e esperançosos (Salmos 37:5; Provérbios 3:5-6).
5.2 - Comunhão
A adoração nos aproxima de Deus e das pessoas (I João 1:3). Faz desaparecer as barreiras entre os irmãos (Atos 2:4).
5.3 - Visão Transformada
Quando vivemos na presença de Deus, temos nossa visão do mundo mudada. O resultado da íntima comunhão com Deus, cria em nós o desejo de colocar a honra de Deus acima da própria segurança física.
5.4 - Evangelização
Um culto digno do Senhor, faz crescer em nós o desejo de testemunhar de Jesus Cristo e anunciar as boas novas. Jesus convidou os discípulos a seguirem-nO (Mateus 4:19; Marcos 1:17; Lucas 5:10), mas os enviou sem obrigá-los a ir (Atos 1:8). A comunhão com Ele e o Seu poder motivou toda a realização da tarefa missionária.
6. Obstáculos à Adoração
6.1 - Atitude Incoerente
Um espírito ferido, amargurado, de incredulidade, ou ressentimento, ou vingança, cobrança pela dívida moral do passado de outro, impedem uma adoração real. É necessário retirar do íntimo todo e qualquer espírito faccioso se pretendermos nos aproximar de Deus (Mateus 5:23-24).
6.2 - Falso Ritualismo e Tradicionalismo
Toda prática que faz parte da liturgia das igrejas teve sua origem em boas intenções. Entretanto, o bom desejo por um culto ordeiro, muitas vezes acarreta na implantação de atividades que, com o tempo, vão sendo exercidas mecanicamente. Tornam-se uma porta aberta para um falso ritualismo, um mero exercer automático de atividades religiosas, bem como uma crescente convivência com a hipocrisia. Devemos lembrar que Deus examina nossas intenções mais íntimas, muito antes de começar a adorá-lO. Portanto, se há hipocrisia, o Senhor exige arrependimento e a volta à Sua Palavra, não aceitando o continuismo de rituais e tradições desprovidos da verdade.
6.3 - A Rotina
Assim como em nossa vida surgem hábitos que regulam o nosso dia-a-dia, com muita facilidade a rotina pode caracterizar os cultos. Estes tornam-se monótonos, com repetições cansativas, sendo um obstáculo à adoração.
Quando a rotina toma conta, o adorador precisa estar disposto a pensar,
a mudar os hábitos estéreis e revitalizar o "resto que estava para
morrer" (Apocalipse 3:2).
Quem se "acostuma" com Deus será condenado por causar-lhe
cansaço, como aconteceu com Israel no tempo de Isaías (Isaías 1:14).
6.4 - Amor às coisas do mundo
As vaidades humanas, os prazeres, pessoas, lugares, desejos e pensamentos que consciente ou inconscientemente tomam o primeiro lugar de Deus, nos impedem de adorar ao Senhor em espírito e em verdade. "Se você se encontra amando qualquer prazer mais do que as orações ou a Bíblia, qualquer casa mais do que a de Deus, qualquer pessoa mais do que Cristo, você está correndo o perigo do mundanismo" (citação de Guthrie, registrada em "Adoração Bíblica", p.131, Ed. Vida Nova, Dr. Russell Shedd).
6.5 - Pecado não confessado
Somente após a confissão do pecado, tendo a confiança no sangue purificador de Cristo, teremos livre acesso ao Trono da Graça (Hebreus 4:16). No Velho Testamento, antes do sacerdote oferecer sacrifícios a Deus pelo pecado dos outros, ele era obrigado a purificar-se por seus pecados (Êxodo 30:17-20).
6.6 - O Desinteresse e a Ingratidão
A época em que vivemos, notabiliza-se pelos grandes empreendimentos e mudanças rápidas. Os meios de comunicação (rádio, TV e jornais), aprimoram-se para cativar cada vez mais as nossas mentes. Muitos cristãos com isto, mostram desinteresse pelos valores eternos, ocupando seu tempo e mentes com seus interesses e preocupações, deixando pouco espaço para os elementos da adoração: louvor, comunhão, oração e gratidão.
6.7 - A Preguiça e a Negligência
Os motivos que geram a preguiça são comuns: sono, o contágio por outros preguiçosos, e um ambiente onde o culto não é valorizado. A pessoa desmotivada, deixa alguma coisa ocupar o lugar de prioridade, que antes pertencia ao Espírito. Ocorre a diminuição da "fome" pela comunhão com o Senhor. Como conseqüência natural, vemos um aumento da negligência às coisas de Deus. O irmão André (Missão Portas Abertas) disse que é mais fácil "esfriar" um fanático do que "esquentar" um cadáver.
6.8 - Repressão Satânica
O inimigo detesta ouvir as pessoas louvando a Deus. Foi o profundo ciúme de
Satanás em relação a Deus que causou sua queda. Ele tenta desanimar e suprimir
todo louvor dirigido a Deus por parte dos crentes sinceros.
Sérgio e Magali Leoto
Fonte: www.musicaeadoracao.com.br
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Adorando errado
O vídeo segue a linha da apologética com humor e oferece dura crítica à adoração e ao louvor nas igrejas de hoje. Acusa o antropocentirsmo
nas letras das canções, a cada dia, mas descoladas da Verdade bíblica. Aponta para a falta de compromisso das pessoas com a obra do Senhor e secularização da fé.
Em últimas instância, a performance descortina todo o sistema atual centrado na auto ajuda, na mercantilização da fé e na absorção pela igreja dos preceitos da sociedade da conveniência.
Texto extraído da Revista cristã Genizah
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Ministros Labaredas de Fogo
És tu que pões nas águas
o vigamento da tua morada, tomas as nuvens por teu carro e voas nas asas do
vento; fazes a teus anjos ventos e a teus ministros, labaredas de fogo. Sl.
104:3-4
Nos dias
atuais a igreja brasileira encontra-se num grande paradoxo: Ao mesmo tempo em
que podemos sentir que a promessa de um grande mover do Espírito Santo
profetizado por vários servos de Deus para o Brasil está se aproximando, vemos
também que esta mesma igreja encontra se cada vez mais preocupada com seus
desejos e vontades e não se importa com a vontade de Deus. O Espírito Santo
está com o desejo de incendiar o planeta Terra e o Brasil tem um papel
importante nisto. Vamos cooperar com Deus nesta obra.
Nos
versículos descritos no começo deste texto, vemos que Deus faz de teus
ministros labaredas de fogo. O significado de labareda segundo o dicionário
Michaelis On line é “1 Grande
chama, língua de fogo. 2 Intensidade, vivacidade”. Deus tem um desejo
grande de tornar seus ministros em uma grande chama, em uma língua de fogo para
inflamar as pessoas ao seu redor.
Para que isto aconteça, é necessário que
estes ministros primeiramente sejam batizados com este fogo santo. O fogo de
Deus tem um propósito: Purificar. Assim como o ouro é purificado no fogo,
nossas vidas e ministérios também o são. Quanto mais puro o ouro, mais valioso
ele se torna. Da mesma forma acontece com nossas vidas. Quanto mais tempo
passamos na presença de Deus, seu fogo refinador nos purifica e nos torna mais
parecidos com Ele. A todos os ministros de Deus é concedido esta oportunidade
de purificação. Se recusarmos, no grande dia da volta do Senhor Jesus
passaremos por este processo, mas aí não terá como nos arrependermos, pois o
Advogado Jesus terá se tornado o Juiz:
“manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. ICo.3:13”.
Vamos
procurar deixar que o fogo de Deus consumam nossos desejos. Deixar os desejos
do Pai celestial tomar conta de nossos pensamentos. Agindo assim, vamos atuar
como ministros de Deus realmente e não ministros de nós mesmos. O Espírito
Santo está aqui para nos ajudar a cumprir o chamado de Deus para nossas vidas.
Lembre-se das palavras de João batista:
Eu vos batizo com água, para arrependimento;
mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não
sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. Mt. 3:11
Deus
abençoe!
By Rafael Fidêncio
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Organizando os ensaios
Organizando os ensaios
Por Daniel Souza
"E Davi, juntamente com os capitães do exército, separou para o ministério os filhos de Asafe, e de Hemã, e de Jedutum, para profetizarem com harpas, com címbalos, e com saltérios; e este foi o número dos homens aptos para a obra do seu ministério;
Todos estes estavam sob a direção de seu pai, para a música da casa do Senhor, com saltérios, címbalos e harpas, para o ministério da casa de Deus; e Asafe, Jedutum, e Hemã, estavam sob as ordens do rei. E era o número deles, juntamente com seus irmãos instruídos no canto ao Senhor, todos eles mestres, duzentos e oitenta e oito." (1 Crônicas 25: 1, 6 e 7)
Ensaiar é algo muito importante para uma equipe de música. É nos ensaios que tudo é definido e direcionado. Queremos propor alguns passos para auxiliar sua equipe. Uma formação básica é composta de:
Líder instrumental e vocal Instrumentos de base (teclado, violão e / ou guitarra, baixo, bateria, etc.); Cantores (voz principal e vozes de apoio); A equipe que dispõe de metais, percussão, cordas, etc., dê glória a Deus por isso. É uma bênção!
PRIMEIRO PASSO
Defina um dia bom para todos os membros da equipe se encontrarem Neste encontro é importante investir um tempo em oração, pedindo a direção e a capacitação de Deus Em seguida apresente as canções que serão ensaiadas. Quanto menor o número das canções, melhor o resultado É importante que todos tenham uma cópia da letra para conhecerem a mensagem do cântico.
SEGUNDO PASSO
Defina outro dia para que todos novamente se encontrem Neste encontro, após a oração, distribua as partes de cada músico e / ou cantor, para que possam levar e estudar individualmente. Se houver possibilidade é muito útil uma cópia de áudio para que o músico estude sua parte de forma mais real Quando for a hora, marque períodos individuais de ensaio para os músicos e para os cantores. No ensaio dos cantores leve um play back ou um instrumento harmônico, como teclado ou violão Quando tudo estiver fluindo bem é hora de um ensaio geral: músicos e cantores.
OBSERVAÇÕES FINAIS
O líder de cada área deve facilitar ao máximo o trabalho de sua equipe, definindo antecipadamente os arranjos e as notações (escrita musical). Deve ser musicalmente capaz para auxiliar nas dúvidas de cada membro da equipe. E, finalmente:
Faça de cada ensaio um culto a Deus Leve a sério a parte que cabe a você Faça o melhor, consciente de que é para a glória de Deus Não se esqueça de que a música tem uma ênfase profética muito grande. Faça sempre esta pergunta: "Estou cantando / tocando somente ou estou profetizando?"
Submeta seu ministério ao pastor. Por mais que não seja músico, ele pode te ajudar bastante, pois tem uma carga espiritual de visão e cuidado com toda a igreja.
Deus abençoe
www.ameprod.com.br
Por Daniel Souza
"E Davi, juntamente com os capitães do exército, separou para o ministério os filhos de Asafe, e de Hemã, e de Jedutum, para profetizarem com harpas, com címbalos, e com saltérios; e este foi o número dos homens aptos para a obra do seu ministério;
Todos estes estavam sob a direção de seu pai, para a música da casa do Senhor, com saltérios, címbalos e harpas, para o ministério da casa de Deus; e Asafe, Jedutum, e Hemã, estavam sob as ordens do rei. E era o número deles, juntamente com seus irmãos instruídos no canto ao Senhor, todos eles mestres, duzentos e oitenta e oito." (1 Crônicas 25: 1, 6 e 7)
Ensaiar é algo muito importante para uma equipe de música. É nos ensaios que tudo é definido e direcionado. Queremos propor alguns passos para auxiliar sua equipe. Uma formação básica é composta de:
Líder instrumental e vocal Instrumentos de base (teclado, violão e / ou guitarra, baixo, bateria, etc.); Cantores (voz principal e vozes de apoio); A equipe que dispõe de metais, percussão, cordas, etc., dê glória a Deus por isso. É uma bênção!
PRIMEIRO PASSO
Defina um dia bom para todos os membros da equipe se encontrarem Neste encontro é importante investir um tempo em oração, pedindo a direção e a capacitação de Deus Em seguida apresente as canções que serão ensaiadas. Quanto menor o número das canções, melhor o resultado É importante que todos tenham uma cópia da letra para conhecerem a mensagem do cântico.
SEGUNDO PASSO
Defina outro dia para que todos novamente se encontrem Neste encontro, após a oração, distribua as partes de cada músico e / ou cantor, para que possam levar e estudar individualmente. Se houver possibilidade é muito útil uma cópia de áudio para que o músico estude sua parte de forma mais real Quando for a hora, marque períodos individuais de ensaio para os músicos e para os cantores. No ensaio dos cantores leve um play back ou um instrumento harmônico, como teclado ou violão Quando tudo estiver fluindo bem é hora de um ensaio geral: músicos e cantores.
OBSERVAÇÕES FINAIS
O líder de cada área deve facilitar ao máximo o trabalho de sua equipe, definindo antecipadamente os arranjos e as notações (escrita musical). Deve ser musicalmente capaz para auxiliar nas dúvidas de cada membro da equipe. E, finalmente:
Faça de cada ensaio um culto a Deus Leve a sério a parte que cabe a você Faça o melhor, consciente de que é para a glória de Deus Não se esqueça de que a música tem uma ênfase profética muito grande. Faça sempre esta pergunta: "Estou cantando / tocando somente ou estou profetizando?"
Submeta seu ministério ao pastor. Por mais que não seja músico, ele pode te ajudar bastante, pois tem uma carga espiritual de visão e cuidado com toda a igreja.
Deus abençoe
www.ameprod.com.br
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
A inconveniência de encarar o evangelho numa sociedade baseada na conveniência
A inconveniência de encarar o evangelho numa sociedade baseada na
conveniência
Carlos Moreira
“Estamos acostumados ao sacrifício do ideal sobre o altar da conveniência e do ganho imediato”. Stuart Holden
Introdução
Você já imaginou como seria a vida humana sem algumas invenções surgidas, sobretudo, a partir da modernidade? Você conseguiria, por exemplo, imaginar viver sem energia elétrica? Sem água encanada? Sem refrigerador? O que seria de nós se vivêssemos sem ar-condicionado, carro ou elevador?
Tenho absoluta certeza de que, para muitos, a vida seria insustentável se não houvesse telefone celular, internet, shopping center, televisão ou CD player? Na verdade, a lista de indispensáveis que são supérfluos é interminável. E por que digo isso? Por que toda a civilização humana que viveu antes de nos não tinha nenhuma dessas coisas.
O sociólogo francês Alain Touraine, afirma que nós vivemos numa sociedade de consumo, onde as mercadorias passaram a mediar nossas relações formando uma sociedade que vive a “modernidade triunfante”.
A emergência dessa sociedade de consumo é fruto dos avanços e das mudanças que o mundo sofreu, principalmente, no século XX. Neste contexto, afirma, é possível se experimentar a satisfação imediata de quaisquer que sejam as nossas necessidades, desde que se pague por isso.
Um dos teóricos que influenciou Touraine foi Karl Marx que, por sua vez, já afirmava em suas análises sobre o que designou chamar de materialismo dialético, ainda no século XIX, que “ a produção é, pois, imediatamente consumo; o consumo é, imediatamente produção...”. Pois bem, o resultado de todo este avanço tecnológico e científico provocou o surgimento do fenômeno que está sendo denominado de: “sociedade da conveniência”.
Viver nos grandes centros urbanos tornou-se tarefa extremamente difícil. Convivemos diariamente com engarrafamentos, violência, poluição, serviços governamentais de péssima qualidade, dentre outras questões insuportáveis. Em busca do lucro, empresas almejam fazer mais com menos. As pessoas estão assoberbadas, com agendas intermináveis, reuniões, metas as serem batidas, busca pela qualificação, concorrência. São tantas demandas que cada vez mais aumentam os casos dos que, sem estrutura emocional e psíquica para suportar tais pressões, acabam adoecendo.
Fato é que nos tornamos, além da sociedade do consumo, a sociedade da depressão, da ansiedade, do pânico, das doenças psicossomáticas. Ganhamos dinheiro para gastá-lo no consultório do analista; vivemos anestesiados por diazepínicos e ansiolíticos. Sobre isto, bem citou George Calim, escritor americano, “temos acrescentado anos a nossa vida e não vida aos nossos anos”.
Supostamente, para minimizar – ou seria melhor dizer anestesiar – todos estes impactos, surgiu o conceito da conveniência.
A conveniência existe para você se sentir único, exclusivo, singular. Ela exalta o conforto, a facilidade, a praticidade. Seu alvo é fazer você economizar tempo, evitar transtornos, fugir de desgastes desnecessários.
Viver na sociedade da conveniência é possuir tudo a mão: a comida solicitada por telefone com entrega imediata, a loja aberta 24 horas com produtos de utilidade doméstica, serviços prestados com hora marcada, manobrista no restaurante, pet shop para o seu cão, banco pela internet, TV por assinatura, quiosques dos bancos em lugares de fácil acesso, até flores você pede por telefone e paga com cartão de crédito!
Consequências e desdobramentos inevitáveis
O problema de viver numa cultura que minimiza o esforço, que dilui a perseverança, que nos dá a falsa sensação de que o mundo gira em torno de nós, é o surgimento de uma geração de pessoas acomodadas, letárgicas, preguiçosas, descompromissadas, que vivem na zona de conforto, que não se mobilizam, que não protestam, não se sentem responsáveis por nada nem ninguém não esteja diretamente ligado a si.
Pouco importa o destino do planeta, ou a dor dos necessitados. Pouco importa a miséria, a opressão, a injustiça, pois, a única coisa que importa, é que meu conforto e as minhas conveniências sejam supridos.
Como pastor, ouvindo pessoas todos os dias, observo que este estilo de vida, que vicia e produz dependência, moveu-se das questões econômicas e acabou por instalar-se nas dinâmicas da espiritualidade humana. Vivemos hoje o que posso denominar de uma “espiritualidade baseada na conveniência”.
A igreja de nossos dias tem dificuldade de entender a proposta de Jesus. “Vinho novo em odres novos”, ou seja, uma consciência com novo significado em busca de construir uma espiritualidade consciente, consequente e sustentável. As igrejas estão cheias de pessoas vazias! A religião, bem afirmou Marx, tornou-se alienação. Nietzsche estava certo ao afirmar, ainda no século XIX, que nós matamos Deus! Sim, sepultamos o sagrado em nossas liturgias ocas, em nossos ritos de ocasião, tentamos aprisionar Deus com nossos dogmas, transformamos a fé em discurso desassociado da prática, cauterizamos nossa consciência e, como consequência, nosso coração petrificou-se.
Os fenômenos surgidos a partir da espiritualidade baseada na conveniência.
Na minha percepção, existem pelo menos três fenômenos produzidos a partir deste modelo de espiritualidade baseada na conveniência.
O primeiro é a possibilidade de construção de uma “fé self-service”. A quantidade de informação disponível em nossos dias é algo sem precedentes. As pessoas, em sua ânsia e desespero de ter suas necessidades atendidas, buscam satisfazer seus desejos em qualquer lugar, ouvindo qualquer pessoas, desde que isto vá de encontro às suas necessidades. Elas não se fixam em uma comunidade, sob orientação de um pastor, mas vivem pulando de “galho em galho” atrás de algo que seja “inusitado”, “diferente”.
É assim que surge a “fé self-service”.
Ela nada mais é do que a “costura” de um conjunto de doutrinas desconexas, sincretizadas a partir da teologia pregada por várias denominações. O “fiel” vai juntando as partes do “quebra-cabeça” a partir daquilo que entende, e não daquilo que, na verdade, as Escrituras afirmam. Ele vai hoje aqui, amanhã ali, depois acolá; é um “culto de poder”, um “profeta famoso”, um “missionário de sucesso”, é a leitura de um livro “poderoso”, o programa de TV “ungido” e, com tanta informação desencontrada em sua mente, acaba criando uma “fé Frankenstein”, um monstro que tomou vida a partir de conteúdos “enxertados, cortados e costurados” em sua consciência.
A “fé self-service”, todavia, possui uma grande “vantagem”: o indivíduo pode fazer aquilo que deseja, pois sua vida passa a ser regida por uma “sopa” de doutrinas exercitadas de tal forma a lhe satisfazer os desejos. Com a consciência anestesiada, e sem qualquer discernimento espiritual, ele vai levando, como diria o Chico, só não sei onde vai parar...!
O segundo fenômeno que percebo é o surgimento da “Igreja Commoditizada”. Do que se trata? Bem, segundo o Wikpédia, “uma commodity é algo relacionado aos produtos de base em estado bruto (matérias-primas)... de qualidade quase uniforme, produzidos em grandes quantidades e por diferentes produtores”.
E como isso se aplica às igrejas? É simples! As igrejas, apesar das inúmeras denominações!(produtores), tornaram-se lugares muito parecidos, uniformizados, com cultos e programas muito semelhantes (matérias-primas).
Desta forma, o “crente” acaba não tendo muitas opções, fica obrigado a “beber” o “sopão” que está sendo oferecido. Mas lembre-se: estas pessoas estão acostumadas à conveniência, a serem tratadas de forma singular, exclusiva, diferenciada. E é aí que o “bicho pega”!...
Na intenção de atrair o “crente-cliente”, as igrejas buscam diferencia-se uma das outras através de estratégias das mais bizarras possíveis. São cultos de catarse, exorcismo com direito a entrevista com o capeta, “curas e milagres” ao vivo, louvor com “cantores gospel”, “pregadores famosos”, e tudo o mais que possa diferenciar uma “loja religiosa” da outra. Sim, porque nestes lugares, o que se tem é um “balcão de prestação de serviço”, não uma comunidade de fé! Quanto mais “atrativa” for a programação, tanto maior será a possibilidade de atrair os “fiéis”, afinal, não esqueçamos, eles estão atrás de conveniência!
Finalmente, o terceiro fenômeno que observo é aquele que produz uma relação com Deus no modelo “ON-demand”.
O conceito de on-demand surgiu a partir do mundo da tecnologia para permitir a contratação de produtos e serviços conforme a demanda das pessoas, ou seja, você adquire algo na medida certa, que se adéque a sua necessidade. Um exemplo disto são os pacotes oferecidos pelas operadoras de telefonia celular, com opções das mais diversas para os clientes.
Uma relação com Deus baseada no modelo on-demand é aquela na qual a divindade está a serviço da criatura. Deus passa a ser uma espécie de gênio da lâmpada e é acionado sempre que surge uma crise ou quando se quer resolver algo. Deus torna-se um office-boy, ele existe para dar conta de nossas demandas existenciais, por em ordem nossas desordens, aplacar nossas culpas , aliviar nossas culpas, aliviar nossas dores, perdoar nossos pecados, abrir portas fechadas, tudo conforme a demanda, tudo conforme aquilo que precisamos.
Conclusão
Num tempo onde a espiritualidade humana se desenvolve baseada em uma “fé self-service”, as igrejas, commoditizadas, buscam promover “atrações” e “efeitos especiais” para atrair os “fiéis”, e a relação pessoal com Deus baseada num modelo on-demand, o que podemos esperar?
Conversando com o ministro de música de nossa comunidade, ele me falou do Cristão 3 “S”. Você conhece este tipo?
Os 3 “S” significam: salvo, sentado e satisfeito! Triste, mas real. Na sociedade da conveniência, quem está salvo não precisa fazer mais nada, por isso pode ficar sentado, apenas assistindo, e quem está sentado, numa igreja que transformou o culto num espetáculo do Cirque Du Soleil, tem é que estar mais do que satisfeito!
Por tudo isto, constatamos o quão inconveniente é encarnar o Evangelho numa sociedade que está baseada na conveniência. A questão central é que a mensagem de Jesus exige, justamente, a renúncia, a abnegação, o compromisso, o negar-se a si mesmo, o tomar a sua cruz. Isto, obviamente, requer o abrir a consciência para os conteúdos da mensagem do Nazareno, permitir que o caráter de Cristo seja esculpido em nosso caráter. Em resumo, dá trabalho, e leva tempo, ou seja, não é conveniente...
TEXTO EXTRAÍDO DA REVISTA EVANGÉLICA GENIZAH.
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